RH como Business Partner Estratégico

Foi-se o tempo em que os Recursos Humanos eram a área responsável apenas por preencher vagas de forma mecânica ou organizar eventos internos. O profissional de RH atual é capaz de muito mais do que isso, e é dessa maneira que surge a figura do Business Partner (parceiro do negócio), também conhecido como BP.

Este novo perfil de profissional do RH, um conceito que surgiu nos anos 80, vem com força agora acrescentar ao que as empresas do século XXI almejam: equipes mais integradas de forma multidisciplinar trabalhando competências para além dos hard skills e contribuindo de forma estratégica.

Como parceiro do negócio, o profissional de RH é “intrometido”, como define a especialista Daniele Matos, fundadora e mentora da RH Lovers. Para realmente entender a companhia, este profissional participa de reuniões de outras áreas, se alia a gestores que podem ajudá-lo a ampliar seus horizontes sobre o funcionamento da empresa, desce ao chão de fábrica para ver melhor como agem e interagem os colaboradores. Ele realmente sai da sala do RH para vivenciar a empresa. Isso porque seu papel é conectar o RH ao negócio da empresa.

Este papel fundamental, às vezes, vem com o cargo e o nome dele corretamente. Às vezes – ou seja, nem sempre acontece assim. Tem profissional que só tem a função, não o cargo. De acordo com Daniele, isso não deve ser um impeditivo: a mentora de profissionais de RH incentiva todos a sempre atuarem como parceiros do negócio, porque vê muito potencial nessa postura, afinal, ela dá a possibilidade de entender as necessidades do negócio e, assim, fazer um trabalho mais eficiente.

Compreender melhor a empresa significa que o RH pode apoiar decisões que ajudem no faturamento, que aprimorem a produtividade, tudo isso sob a ótica humana inerente ao papel deste profissional. Esta forma de agir apoia, inclusive, uma queixa antiga da área, que é ser deixada de “fora da mesa” e não participar de momentos de tomadas de decisão que envolvem as pessoas de quem a área cuida.

Aliás, até no que já é considerado “core” da atuação de RH, esse entendimento da companhia auxilia, posto que uma grande tendência nas ações internas é a personalização. Para isso, nada mais eficiente do que efetivamente esmiuçar cada área da empresa e compreender suas necessidades. Desde atos simples (e subestimados), como realmente usar o produto ou serviço da empresa para conhecer melhor, passando por mapear processos e até mesmo estudar sobre os competidores e o mercado. Familiaridade com o negócio é a meta aqui.

Para aqueles que acreditam que o papel do BP, por conta dessa importância, é fazer apenas entregas grandiosas, estão enganados. Há muito do que um business partner faz que é invisível: influenciar, educar, apoiar, ser coach de gestores, direcionar as ações de acordo com o que está funcionando e o que não saiu como o desejado. Essa atuação invisível pode e deve ser medida, reportada, e vale dizer que só renderá bons frutos se o BP fizer sua “lição de casa” de realmente se embrenhar no negócio para conhecer o máximo possível, sendo capaz de fazer as conexões sobre o que cada ato terá impactos tanto no negócio quanto em pessoas.

Claro que o profissional de RH não precisa ser especialista em todas as áreas, contudo, precisa ter informações sobre elas que o municiem com dados e compreensão necessários para a atuação como parceiro de negócios. Mais do que o nome do cargo, é uma atitude do profissional de RH. Deixar a curiosidade mover seu aprendizado, mostrar um interesse real sobre a empresa para assimilar o necessário e construir um repertório que será crucial para abrilhantar sua atuação como parceiro de negócios em diversos momentos.

Quer entender melhor a atuação do RH como Business Partner Estratégico? Assista à Masterclass completa que a Dani Matos, da RH Lovers, preparou para a Speexx. Assista o Webinar completo aqui!